quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

04-DO MÉDIUM


Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou


missões de avultada transcendência, reconhecendo-se humilde


portador de tarefas comuns, conquanto graves e importantes como

as de qualquer outra pessoa.

     - O seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor.

*

No horário disponível entre as obrigações familiares e o trabalho

que lhe garante a subsistência, vencer os imprevistos que

lhe possam impedir o comparecimento às sessões, tais como

visitas inesperadas, fenômenos climatéricos e outros motivos,

sustentando lealdade ao próprio dever.

     - Sem euforia íntima não há exercício mediúnico produtivo.

*

Preparar a própria alma em prece e meditação, antes da atividade

mediúnica, evitando, porém, concentrar-se mentalmente para

semelhante mister durante as explanações doutrinárias, salvo

quando lhe caibam tarefas especiais concomitantes, a fim de que

não se prive do ensinamento.

     - A oração é luz na alma refletindo a Luz Divina.

*

Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo,

quanto possível, respiração ofegante, gemidos, gritos e

contorções, batimentos de mãos e pés ou quaisquer gestos violentos.

     - O medianeiro será sempre o responsável direto pela mensagem


de que se faz portador.

*

Silenciar qualquer prurido de evidência pessoal na produção


desse ou daquele fenômeno.

A espontaneidade é o selo de crédito em nossas comunicações

com o Reino do Espírito.

Mesmo indiretamente, não retirar proveito material das produções

que obtenha.

     - Não há serviço santificante na mediunidade vinculada a interesses

inferiores.

*

Extinguir obstáculos, preocupações e impressões negativas

que se relacionem com o intercâmbio mediúnico, quais sejam, a

questão da consciência vigilante ou da inconsciência sonambúlica

durante o transe, os temores inúteis e as suscetibilidades doentias,

guiando-se pela fé raciocinada e pelo devotamento aos semelhantes.

     - Quem se propõe avançar no bem, deve olvidar toda causa de

perturbação.

*

Ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, recusar

o tóxico da lisonja.

     - No rastro do orgulho, segue a ruína.

*

Fugir aos perigos que ameaçam a mediunidade, como sejam a

ambição, a ausência de autocrítica, a falta de perseverança no bem

e a vaidade com que se julga invulnerável.

     - O medianeiro carrega consigo os maiores inimigos de si próprio.

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“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o


que for útil.”
Paulo. (1ª epístola aos coríntios, 12:7.)