sexta-feira, 6 de abril de 2018

Doenças físicas e mentais


A expressiva soma de atividades físicas e mentais atesta que o homem é um ser inacabado. A sua estrutura orgânica aprimorada nos milênios da evolução antropológica, ainda padece a fragilidade dos elementos que a constituem.

Vulnerável a transformações degenerativas, é tecido que reveste o psiquismo e que através dos seus neurônios cere­brais se exterioriza, afirmando-lhe a preexistência conscien­cial, independente das moléculas que constituem a aparelha­gem material.

A consciência, na sua realidade, é fator extrafísico, não produzido pelo cérebro, pois que possui os elementos que se consubstanciam na forma que lhe torna necessária à exterio­rização.

Essa energia pensante, preexistente e sobrevivente ao cor­po, evolve através das experiências reencarnacionistas, que lhe constituem processo de aquisição de conhecimentos e sentimentos, até lograr a sabedoria. Como conseqüência, faz-se herdeira de si mesma, utilizando-se dos recursos que ame­alha e deve investir para mais avançados logros, etapa a eta­pa.

Em razão disso, podemos repetir que somente “há doen­ças, porque há doentes”, isto é, a doença é um efeito de dis­túrbios profundos no campo da energia pensante ou Espírito.

As suas resistências ou carências orgânicas resultam dos processos da organização molecular dos equipamentos de que se serve, produzidos pela ação da necessidade pensante.

O psicossoma organiza o soma necessário à viagem, bre­ve no tempo, para a individualidade espiritual.

As doenças orgânicas se instalam em decorrência das ne­cessidades cármicas que lhe são inerentes, convocando o ser a reflexões e reformulações morais proporcionadoras do ree­quilíbrio.

Nas patologias congênitas, o psicossoma impõe os fato­res cármicos modeladores necessários à evolução, sob impo­sitivos que impedem, pelos limites de injunções difíceis, a reincidência no fracasso moral.

Assim considerando, à medida que a Ciência se equipa e soluciona patologias graves, criando terapias preventivas e proporcionando recursos curativos de valor, surgem novas doenças, que passam a constituir-se tremendos desafios. Isto se dá, porque, à evolução tecnológica e científica da socieda­de não se apresenta, em igual correspondência, o mecanismo de conquistas morais.

O homem conquista o exterior e perde-se interiormente. Avança na horizontal do progresso técnico sem o logro da vertical ética. No inevitável conflito que se estabelece — co­modidade e prazer, sem harmonia interna nem plenitude —desconecta os centros de equilíbrio e abre-se favoravelmente a agentes agressores novos, aos quais dá vida e que lhe de­sorganizam os arquipélagos celulares.

Outrossim, as tensões, frustrações, vícios, ansiedades, fobias facultam as distonias psíquicas que são somatizadas aos problemas orgânicos ou estes e suas sequelas dão surgi­mento aos tormentos mentais e emocionais.

Todo equipamento para funcionar em harmonia com ajustamento, para as finalidades a que se destina, exige per­feita eficiência de todas as peças que o compõem.

Da mesma forma, a maquinaria orgânica depende dos flu­xos e refluxos da energia psíquica e esta, por sua vez, das respostas das diversas peças que aciona. Nessa interdepen­dência, a vibração mental do homem é-lhe propiciadora de equilíbrio ou distonia, conscientemente ou não.

Sabendo ca­nalizar-lhe a corrente vibratória, organiza e submete os im­plementos físicos ao seu comando, produzindo efeitos de saú­de, por largo período, não indefinidamente, face à precariedade dos elementos construídos para o uso transitório.

As doenças contemporâneas, substituindo algumas anti­gas e somando-se a outras não debeladas ainda, enquadram-se no esquema do comportamento evolutivo do ser, no seu processo de harmonização interior, de deificação.

Na sua essência, a energia pensante possui os recursos divinos que deve exteriorizar. Para tanto, à semelhança de uma semente, somente quando submetida à germinação fa­culta a eclosão dos seus extraordinários elementos, até então adormecidos ou mortos. A morte da forma desata-lhe a vida latente.

A mente equilibrada comandará o corpo em harmonia e, nesse intercâmbio, surgirá a saúde ideal.